Por Vinícius Holanda
Pode-se dizer que cada rua de Santos tem parte nessa história. A usina de asfalto da Prodesan (Progresso e Desenvolvimento de Santos S/A) completa, nesta terça-feira (1º), 50 anos de atividades. É de lá, um terreno na Alemoa, que sai a massa asfáltica usada pela Prefeitura na pavimentação das vias da Cidade. Para se ter uma ideia, já chegou à marca histórica de produção de 3 mil toneladas ao mês.
As cinco décadas de funcionamento ininterrupto da usina não afetaram a qualidade do produto — ao contrário, o asfalto produzido pela empresa é reconhecido no mercado pela alta qualidade.
“Nossa excelência é atestada. Seguimos todas as normas preconizadas pelo DER (Departamento de Estradas e Rodagem) e oferecemos algo diferenciado”, diz o gerente do Departamento de Conservação de Vias Asfaltadas (Dasf) da Prodesan, Raphael Khoury Gregorio.
Manutenção
Para assegurar o padrão de produtividade, a usina ‘cinquentona’ passa por manutenção preventiva periodicamente — sempre aos sábados, quando não há expediente, técnicos fazem a verificação das condições estruturais do maquinário. Eventuais reparos ou ajustes são efetuados.
Neste ano, o laboratório do local ganhou novos equipamentos. “Realizamos testes diários para aferir a qualidade da massa asfáltica”, explica o engenheiro. Atualmente, são produzidas 600 toneladas de asfalto ao mês — número que pode aumentar neste segundo semestre.
“Produzimos sob demanda para a Prefeitura de Santos, tanto para a pavimentação de vias quanto para a Operação Tapa-Buraco”, informa o gerente. Mas, com a perspectiva de retomada da economia, novos negócios devem surgir. “Recomeçamos a vender para empresas privadas. Uma empreiteira da região, por exemplo, nos contratou para a produção de 300 toneladas”.
Segurança
Ao todo, 75 funcionários atuam no departamento, se dividindo entre a elaboração do asfalto e a execução dos serviços de recapeamento nas ruas. Por conta das características das funções, a preocupação com a segurança é rigorosa.
“Investimos muito em ações protetivas e em material (Equipamentos de Proteção Individual – EPI)”, afirma Gregorio. Um sinal de que as medidas estão dando resultados é que a usina contabiliza três anos sem registros de acidente.
Produção
O trabalho de produção começa com a coleta das pedras, que podem ser vistas em grandes montes a céu aberto, numa área chamada de estoque do material agregado.
Dali são recolhidas e transportadas por uma esteira que as leva até o supersecador, para tirar toda a umidade do material em uma temperatura de 900°C, etapa fundamental para o asfalto ser produzido.
Depois, as pedras são levadas ao alto da torre da usina, onde há um conjunto de peneiras que as separa novamente para serem misturadas nas porcentagens estipuladas no laboratório com o concreto asfáltico de petróleo.
Em uma temperatura de 160°C, a massa asfáltica é injetada dentro do caminhão basculante e coberta com uma lona para não perder a temperatura nem endurecer. A partir daí, o produto é levado para as ruas.
Esta iniciativa contempla o item 9 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU: Indústria, Inovação e Infraestrutura.