Os números são expressivos: a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu 17 objetivos de desenvolvimento sustentável — os ODS —, interligados a 169 metas de ação global e, ainda, 232 indicadores. Nesta quinta-feira (30), os gerentes da Prodesan (Progresso e Desenvolvimento S/A) tiveram a oportunidade de conhecer os detalhes dessa agenda mundial, que os países pretendem colocar em prática até 2030.
Em termos gerais, o programa mira eliminar a pobreza extrema e a fome, oferecer educação de qualidade para todos, proteger o planeta e promover sociedades pacíficas e inclusivas — sempre a partir de medidas locais. Foi o que explicou o chefe do Departamento de ODS da Prefeitura de Santos, Fábio Tatsubô, na palestra em que apresentou o plano de ação ‘ODS Santos 2030’.
“Criamos uma série de legislações para assegurar que em Santos isso é uma política pública permanente”, disse o representante da Administração Municipal. “Em 2018, instituímos o programa Dados Abertos para reunir, num só sistema, as informações que abastecem nossos indicadores. É um organismo vivo, que sempre coleta dados novos”.
DIAGNÓSTICO
A implantação dos ODS, seja no poder público ou na iniciativa privada, passa por etapas de diagnóstico e ações. Começa pela sensibilização dos atores e a defesa da ideia. Depois é preciso levantar a situação atual, identificar necessidades, criar um planejamento, estabelecer parcerias, construir mecanismos de governança e, por fim, monitorar as estratégias.
Tatsubô salienta que o processo envolvendo os ODS é coletivo, não se limita a um só ator. “Quando vamos negociar com uma secretaria, envolvemos outras pastas, entidades, órgãos do Governo do Estado, enfim, todos os que, de alguma maneira estão ligados ao indicativo que precisamos melhorar”.
Ele citou como exemplo uma demanda da Secretaria Municipal de Educação (Seduc) por escolas com acessibilidade: “Chamamos para o diálogo uma universidade (São Judas Tadeu), onde os alunos de engenharia criaram projetos com essa finalidade. Basta conectarmos as pessoas”.
COLABORAÇÃO
Gerente do Departamento Operacional (Deop) da Prodesan, Marly Alvarez Cimino está à frente do programa dos ODS na empresa. “Vamos colaborar com o trabalho que está sendo desenvolvido pela Prefeitura, enviando sugestões e dados para as secretarias com as quais atuamos”.
O chefe do Departamento de ODS da Prefeitura afirma que após o poder público, a iniciativa privada e o terceiro setor se engajarem, o desafio daqui para frente é envolver a sociedade civil na questão: “Parece utopia, mas as mudanças já estão acontecendo. Com a conscientização de todos, os resultados serão muito maiores”.
Esta iniciativa contempla o item 17 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Parcerias e Meios de Implantação. Conheça os outros artigos dos ODS.